O superintendente do Serviço Social da Indústria no Rio Grande do Norte (SESI-RN), Juliano Martins, e o gerente da Unidade de Mercado da FIERN, Manoel Ribeiro, participaram nesta quarta-feira (23), do ‘Seminário Cultura e Desenvolvimento Econômico – Os Incentivos Fiscais’, realizado pela Prefeitura Municipal do Natal. O Seminário faz uma análise das políticas de incentivos fiscais e prognósticos da participação da cultura como vetor de desenvolvimento econômico e social para futuros cenários. Juliano destacou o esforço do executivo municipal em torno da cultura.
“Nesse esforço o Sistema não poderia ficar de fora, tendo em vista o SESI, através do casarão Solar Bela Vista, por exemplo, que estamos concluindo a reforma e vamos entregar à sociedade de nossa cidade. O Solar é uma mostra de que faz parte da nossa cultura resgatar a memória do centro histórico da cidade, e também mostrar a face cultural da indústria do nosso estado”, diz o superintendente.
Juliano destaca ainda, que é importante o debate cultural principalmente após o período de pandemia. “Sabemos que os profissionais da cultura sofreram os reflexos dessa pandemia quando não puderam apresentar sua arte, e que agora estão retornando. Tenho certeza que com esse resgate e com o incentivo da prefeitura vamos ter um trabalho diferente, como foi anunciado pelo prefeito dos investimentos na cultura de nossa cidade e o Sistema se faz presente através de nossas indústrias nesse objetivo que também faz parte de nossa missão institucional”.
O evento acontece no Hotel Holiday Inn, em Natal-RN, e foi aberto pelo prefeito Álvaro Dias, destacando os incentivos e projetos que mudaram a produção cultural na cidade. Participam especialistas convidados, produtores culturais, artistas e gestores de coletivos, grupos e entidades culturais.
O prefeito fez um resumo histórico e frisou que desde quando a indústria nacional começou a nascer os interesses internacionais prevaleceram. “E nós pagamos hoje um preço alto por causa disso. Nós temos uma dependência das multinacionais inimaginável. E mesmo diante das dificuldades históricas, entendemos que é fundamental o investimento na área cultural. Vamos continuar a investindo cada vez mais em cultura. Democratizando. Dar nossa contribuição através de nossa gestão para que um dia a gente possa mudar a realidade”, afirmou Álvaro Dias.
Entre palestrantes do Seminário se destacam nomes como Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, que abordou o tema ‘O papel do Estado nos desafios do Brasil para a sustentabilidade da economia criativa’. Outra palestra de destaque foi a de Cláudia Leitão, ex-Secretária de Cultura do Estado do Ceará que tratou o tema ‘A gestão Cultural e os Recursos Financeiros’.
Em sua palestra, Cláudia Leitão citou o escritor Celso Furtado. “Todos os povos lutam para ter acesso ao patrimônio cultural”, e parafraseando a célebre frase shakespeariana: “Ter ou não ter direito à economia criativa? Eis a questão”.
Ela disse ainda que o grande desafio da cultura são as questões de fomento e incentivo. “Essas temáticas são fundamentais. As economias criativas, que são os pequenos empreendedores; e as indústrias criativas, que são os concentradores. Nesse meio estamos vivendo tempos incertos, tempos difíceis. Precisamos restabelecer nexos. Como diz a UNESCO, Nexos criativos”, completou.
Programa Djalma Maranhão
O secretário de Cultura de Natal, Dácio Galvão, que falou durante a abertura do Seminário, disse que o Programa Djalma Maranhão de incentivos fiscais comemora mais de 20 anos de atuação na condução de oportunidades financeiras aos projetos culturais. “O programa vem contribuindo para a valorização e sustentabilidade da economia criativa, oportunidade de renda para os agentes culturais e integração da iniciativa privada e poder público, no patrocínio às iniciativas criativas em benefício da população”.
O ‘Seminário Cultura e Desenvolvimento Econômico – Os Incentivos Fiscais’ tem toda sua programação composta por especialistas que atuam na gestão dos incentivos fiscais para a cultura, no conhecimento dos procedimentos de acesso e aspectos jurídicos, tributários e órgãos de controle.
De acordo com os organizadores do evento, as palestras contribuem para uma percepção teórica e crítica dos resultados, e para um entendimento das reformulações que visam atualizar o apoio e patrocínio aos projetos culturais.
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