SESI-RN inicia etapa regional do 10° Torneio de Robótica em Natal; confira

14/02/2025   15h47

A etapa regional do 10° Torneio de Robótica FIRST LEGO League Challenge (FLL) do Serviço Social da Indústria do Rio Grande do Norte (SESI-RN), teve início nesta sexta-feira (14) com a participação de 24 equipes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Mato Grosso reunidas na Estação Cidadania, Zona Norte de Natal. O evento de abertura aconteceu na manhã desta sexta-feira (14) e contou com a participação da superintendência, diretoria e colaboradores, além das equipes de estudantes da instituição.

 

Na cerimônia, a superintendente regional do SESI-RN, Danielle Mafra, falou aos estudantes sobre a relevância desse evento e destacou seu sentimento ao participar pela primeira vez do Torneio. “Para mim, é uma honra participar desse torneio pela primeira vez. Parabenizo a toda equipe por essa edição. Desejo que todos vocês sejam bravos guerreiros e que tenhamos competições colaborativas, com foco no trabalho em equipe, disse.

 

 

A coordenadora de Educação, Karenine Medina, destacou o impacto da robótica educacional na vida dos estudantes. “São vários meses de dedicação, de noites mal dormidas pensando nos robôs. Eles iniciam com aproximadamente nove anos de idade e não se desvinculam da robótica e seguem para modalidades mais avançadas”, ressalta. Ela completa ainda que, através da robótica, “eles conseguem desenvolver a vontade de aprender. E uma verdadeira festa, da alegria e da inovação”.

 

Anderson Vieira, coordenador de Robótica do SESI-RN, ressalta o pioneirismo da instituição no uso de novas tecnologias para o ensino e em como esse processo é importante para desenvolvimento dos estudantes. “O pensamento inovador, trabalho em equipe, empreendedorismo e a criatividade são potencializados pela robótica”, pontua. De acordo com ele, há 10 anos a robótica educacional faz parte da grade curricular das escolas do SESI no estado.

 

Ao longo do dia de hoje, as equipes competem com os robôs construídos e programados para cumprir missões especificas nas categorias FIRST LEGO League Challenge (FLL), FIRST Tech Challenge (FTC) e FIRST Robotics Challenge (FRC). Os alunos pontuam em três rounds e a maior nota é oficializada. Ao todo, serão 13 etapas regionais antes da grande final nacional.

 

 

O 10° Torneio de Robótica refere-se a temporada 2024/2025 e é esperada por estudantes que almejam uma das três vagas no Festival SESI de Educação, que acontecerá entre os dias 12 e 15 de março, em Brasília. Neste ano, a temporada de robótica tem como tema os oceanos, desafiando os competidores a desenvolverem projetos e soluções inovadoras para a preservação dos mares.

A programação do evento segue até este sábado (15), com as finais e anúncio dos vencedores. O evento é gratuito e aberta ao público, até o meio-dia.

 

Estudantes desenvolvem soluções tecnológicas

 

Além da competição da FIRST LEGO League Challenge, os estudantes também desenvolvem projetos que buscam solucionar problemáticas da sua região, dentro do tema do Torneio. Essas iniciativas são desenvolvidas em paralelo a construção dos robôs e são obrigatórios para a participação dos alunos nas competições. Cada projeto reflete as curiosidades dos estudantes e as suas propostas tecnológicas e sociais para resolução de problemas.

 

A equipe de Mossoró, a SESI Galaxy Forces, por exemplo, desenvolveu uma cera de carnaúba feita para evitar ferrugem e aumentar a preservação de aparelhos de mergulho. O estudante Jorge Murilo, 12, explica que a solução para o problema foi encontrada em um produto regional. “Nós vimos que a cera de carnaúba é um produto regional e que pode salvar vidas”, disse.

 

 

Já a equipe de Recife, a Marista League, desenvolveu uma armadilha para capturar o Peixe Leão, uma espécie invasora do ecossistema brasileiro. A armadilha, que ficaria escondida entre corais, e programado para reconhecer a presença do animal e captura-lo em uma caixa. “Esse peixe come muitas espécies e se reproduzem muito rápido. O nosso projeto ajuda os biólogos a capturarem esse peixe”, explica Lorena Macedo, de 14 anos.

 

A Techno Sertão, da escola de São Gonçalo do Amarante, desenvolveu um material de pesca com material biodegradável para diminuir o uso de redes de pesca que podem ficar perdidas no oceano. “Pensamos na poluição de apetrechos fantasmas, que são redes que caem acidentalmente no mar e impactam o meio ambiente”, detalhou a estudante Maria Vitória, de 11 anos.

 

A equipe do SESI em Macau, Techno Ninjas, desenvolveu um fertilizante natural de plantas a base de sargaço. O estudante Marcos Vinicius, de 13 anos, explica que a alta salinidade na região prejudica o desenvolvimento da vegetação e, por isso, eles pensaram nessa solução. “A cidade de Macau, por ser salineira, tem algumas especificidades no solo que prejudicam o crescimento nas plantas e com esse sargaço vai estabilizar o solo, mesmo que tenha uma grande quantidade de sais”, destaca.

 

SESITEC de Goianinha participa pela primeira vez do Torneio

 

O Torneio deste ano conta ainda com uma novidade: a participação de uma equipe da SESITEC de Goianinha, com nove competidores. Rafael Souto, professor da Academia de Robótica – uma empresa que dá suporte no ensino da matéria – preparou os alunos para a competição.

 

De acordo com ele, a participação contou com o apoio da Prefeitura do município, que tem investido no ensino da robótica. “A Secretaria Municipal de Educação de Goianinha tem dado ênfase nos cursos de robótica educacional. Então, nós formamos uma rede de apoio junto a essas escolas públicas”, explica. Toda a preparação acontece na estrutura da SESITEC do município, destaca.

 

Karenine Medina ressalta a importância da participação desses alunos. “Ter uma SESITEC no Torneio faz valer todo esforço. Essa unidade está cumprindo seu dever em Goianinha. Então, ela envolveu os alunos e os trouxe para competir aqui no Torneio”, disse.

 

Guilherme Vieira, de 13 anos, comenta sobre a sua participação no Torneio. “Está sendo muito legal poder trabalhar em grupo. É o primeiro dia, mas já vi que é muito divertido participar”, disse. Além da competição, os alunos também prepararam um projeto de inovação, que visa conscientizar turistas sobre os riscos de andar sobre as falésias nas praias.

 

Texto: Líria Paz

Fotos: Oberdan Medeiros

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