O envelhecimento da população será um dos desafios do Brasil nos próximos anos. Isso exigirá mudanças no sistema de saúde e de educação e ambientes de trabalho adequados a esses profissionais. Entre as instituições que estão atentas a essa e outras tendências que afetam o futuro do trabalho está o Serviço Social da Indústria (SESI) que, nesta segunda-feira (1º), completa 73 anos.
Na área de educação, o SESI construiu metodologias inovadoras que incentivam o aprendizado contínuo e o aprender fazendo, já que os profissionais do futuro terão mais de uma carreira ao longo da vida e terão de lidar com tecnologias avançadas. Para isso, foi pioneiro na implementação do novo ensino médio, que alia a educação regular à profissional, e de um método de educação de jovens e adultos (EJA) baseado em reconhecimento de saberes, que permite o aproveitamento curricular de aprendizados ao longo da vida.
Em segurança e saúde no trabalho, foram inaugurados há cerca de dois anos Centros de Inovação dedicados à pesquisa aplicada em segurança e saúde no trabalho. Um deles trata especificamente de longevidade e produtividade. As demais unidades também focam em outras tendências na área, como fatores psicossociais e ergonomia, aliadas ao potencial das tecnologias 4.0 com o intuito de melhorar a gestão de SST e permitir o uso de aplicativos para mudança de hábitos de vida e a autogestão de saúde por trabalhadores.
“Trata-se de um novo impulso ao trabalho que o SESI desenvolve há mais de 70 anos e que o tornou referência em educação e promoção de saúde do trabalhador e no desenvolvimento de ambientes de trabalho mais seguros”, destaca o diretor de Operações do SESI, Paulo Mól.
A Agência CNI de Notícias listou como essas e outras experiências fazem do SESI uma referência na construção de um futuro do trabalho mais produtivo, saudável e seguro. Confira:
Trabalhador qualificado é sinônimo de indústria mais produtiva, e o SESI sempre esteve atento a isso, desde a sua criação, em 1946, com ações de alfabetização que ajudaram a mudar a realidade de um Brasil que precisava se desenvolver e entrar na era industrial. No início dos anos 2000, o Programa Brasil Alfabetizado, parceria entre o SESI e o governo federal, chegou ao auge de alfabetizar mais de um milhão de brasileiros. Agora, com toda a expertise adquirida ao longo das últimas décadas, o SESI conta com um projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que vai muito além de proporcionar ao trabalhador a possibilidade de terminar seus estudos.
A chamada “nova EJA” consegue melhorar a autoestima do trabalhador, especialmente, por causa da metodologia de reconhecimento de saberes, que leva em conta o conhecimento de vida que cada aluno tem, fazendo uma conexão com o que será ensinado. Em muitos casos, reduz o tempo de estudo para que esse profissional conclua o curso o mais rápido possível, e possa ir em busca de outras formas de crescimento profissional, como cursos a distância de qualificação profissional, por exemplo.
A partir de definições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Novo Ensino Médio, as escolas do SESI saem na frente ao oferecer para seus alunos, além das aprendizagens comuns e obrigatórias, os chamados itinerários formativos, relacionados às quatro áreas do conhecimento abordadas no ensino médio: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e ciências da natureza, além da formação técnica e profissional.
A proposta é dar autonomia para que o estudante escolha suas áreas de afinidade, já de olho no mundo do trabalho, e desenvolva competências para a sociedade do século 21. Em 2018, o projeto foi implementado com formação técnica e profissional na área de Eletrotécnica em cinco estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo e Goiás. Este ano, a oferta foi expandida para 19 estados, em 38 escolas, e já atinge quase 2 mil estudantes.
A urgência em despertar nas crianças o interesse por áreas ligadas às profissões do futuro, como ciências, tecnologia, engenharia e artes e matemática, faz com que o SESI invista fortemente na robótica educacional e busque formas de expandir esse ensino em escolas públicas e privadas de todo o País.
Para se ter uma ideia, o torneio de Robótica First Lego League (FLL), temporada 2018/2019, contou com 915 equipes, de escolas públicas e privadas, e o envolvimento direto de mais de 6 mil estudantes. Os resultados comprovam que a estratégia do SESI está correta: alunos envolvidos com robótica contam com as melhores aprovações no ENEM e tendem a buscar carreiras nas engenharias, que é a área mais demandada pela indústria brasileira. Saiba mais aqui.
Os Centros de Inovação SESI foram criados há dois anos para produzir conhecimento, antecipar tendências e criar soluções inovadoras para promoção da saúde dos trabalhadores e melhoria da segurança no ambiente de trabalho. Ao todo, são nove unidades de pesquisa aplicada que tratam das temáticas de tecnologias para a saúde, higiene ocupacional, fatores psicossociais, longevidade e produtividade, ergonomia, economia para saúde e segurança, prevenção da incapacidade, estilo de vida e saúde e sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho.
Entre as tecnologias desenvolvidas há, por exemplo, aplicativos para monitorar o estresse do trabalhador, plantas que reduzem a quantidade de formol no ar das indústrias e softwares que mapeiam riscos em ambientes de trabalho antes mesmo de uma planta industrial sair do papel. Conheça outras inovações em série de reportagens divulgada em abril deste ano.
Toda a expertise de mais de 70 anos de prestação de serviços de segurança e saúde no trabalho estão na plataforma SESI Viva+, que oferece dados e informações para apoiar o atendimento a requisitos legais e a tomada de decisão sobre ações e programas na área. A inovação permite, entre outros benefícios, que empresas monitorem indicadores de saúde do conjunto de trabalhadores e de causas de faltas ao trabalho para melhorar a gestão dos afastamentos. Por meio de um aplicativo, funcionários são informados sobre campanhas e cuidados com a segurança e saúde e podem interagir com colegas e gestores em redes sociais corporativas que incentivam hábitos saudáveis. Saiba mais aqui.
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