E quando o hobbie deixa de ser hobbie e passa a ser assunto sério? É o caso dos projetos de inovação desenvolvidos por competidores da temporada Masterpiece da robótica, que acaba de terminar.
Os projetos de inovação nada mais são do que soluções criadas pelos estudantes da categoria FIRST Lego League Challenge (FLLC) para resolver problemas reais propostos pelos organizadores do evento. Nessa temporada, os alunos deveriam criar projetos voltados ao mundo das artes.
A Agência de Notícias da Indústria conversou com várias equipes e te mostra agora seis iniciativas voltadas para idosos ou pessoas com deficiência envolvendo o tema da temporada. Vem conferir!
Talvez você nunca tenha parado para pensar como é possível uma pessoa com deficiência visual conhecer obras de arte. Para tentar resolver esse problema, a equipe Techno do Sertão, do SESI São Gonçalo do Amarante (RN), criou um óculos com inteligência artificial que identifica e descreve quadros e esculturas artísticas.
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Os estudantes visitaram museus e uma associação de pessoas cegas do Rio Grande do Norte. Lá eles observaram que a maioria das pessoas nunca tinha ido a um museu, devido à falta de acessibilidade.
“Os nossos óculos têm um sensor que leem um QRCode e tem um fone acoplado para audiodescrição”, explica o técnico da equipe, Terciano Fonseca.
Por enquanto, os estudantes mapearam apenas uma obra de arte do Museu da Rampa, em Natal (RN), mas a intenção é ampliar a iniciativa.
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A equipe Robôbaio, do Serviço Social da Indústria (SESI) Lages (SC), criou um piano inclusivo para alunos da educação especial, como autistas, pessoas com síndrome de down, TDAH, entre outras deficiências e transtornos neurológicos.
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O piano, construído em parceria com a Fritz Dobbert – maior fábrica de pianos da América Latina -, conta com três jogos. “O primeiro é para você repetir a música como o jogo guitar hero. O segundo é para memorizar. Nós conversamos com uma neuropsicóloga que nos disse que a memorização é muito importante para os autistas, pois ajuda no desenvolvimento deles. O último jogo é livre”, explica Maria Eduarda D’Agostini, 15 anos.
Você já viu a obra “Garimpeiros em serviço”, do fotógrafo Sebastião Salgado? Na imagem, homens com trouxas nas costas e panos amarrados na cabeça sobem escadas feitas de madeira. Para você talvez seja fácil visualizar, mas para uma pessoa com deficiência visual que nunca teve contato com a arte, é inimaginável.
O Fotobraile, projeto da equipe Immortalis, do SESI de Referência Internacional, em Londrina (PR), foi criado com o objetivo de auxiliar pessoas com deficiência visual a “enxergar” a fotografia e outras artes visuais planificadas.
Mas, como isso funciona? O dispositivo, por meio de pequenos motores, transforma a imagem em relevos táteis. Aí também entram os softwares, que vão conversando com a pessoa, de modo que ela possa explorar cada nuance daquela imagem.
Já a equipe Titans LJ Planalto, do SESI Planalto (GO), desenvolveu o Sense Brace, uma pulseira eletrônica projetada para proporcionar uma experiência inclusiva a deficientes auditivos e surdos em shows musicais.
O dispositivo capta ondas sonoras na faixa de 500 a 1000 hertz, convertendo-as em sinais elétricos, que são direcionados para a placa programável e, posteriormente, para o motor vibrador, sincronizando as vibrações com as batidas das músicas.
A equipe de FLLC FrancoDroid, do Colégio Franco-Brasileiro (RJ), desenvolveu um projeto inovador para promover a inclusão de alunos surdos na educação musical. Intitulada “O Som do Silêncio: A Inclusão de Alunos Surdos na Educação Musical”, a iniciativa tem a intenção de tornar a música acessível a todos, independentemente de suas capacidades auditivas.
O projeto resultou na criação do “Vibrational Instrument for a Better Experience of Sound” (VIBES), uma mesa musical acessível e prática.
Graças a um microcontrolador feito com materiais condutores, o VIBES transmite sensações correspondentes às notas musicais, permitindo que os usuários sintam as vibrações ao tocar as notas.
Não é novidade que a chegada da terceira idade traz alguns desconfortos. A mobilidade, por exemplo, fica reduzida, devido à falta de flexibilidade e baixo condicionamento físico, na maioria dos casos. Tentando reduzir esses danos e dar mais ritmo à vida dos idosos, a equipe de garagem Osíris, de Curitiba (PR), criou o Stimmove.
O aparelho dá estímulos ao usuário por meio de vibrações, lembrando os movimentos de uma coreografia. Dessa forma, a memória muscular é estimulada e reduz o tempo de resposta para a execução dos movimentos.
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Segundo a equipe que desenvolveu o projeto, no momento, o aparelho responde a movimentos simples, como palmas, mas quando for desenvolvido, poderá reproduzir coreografias mais complexas.
“Vamos ter tutoriais indicando coreografia, caso o idoso queira aprender sozinho ou para o profissional que o atende consultar para ajudá-lo. Posteriormente, ele poderá dançar de forma autônoma e não correndo o risco de o corpo não lembrar qual parte movimentar, aumentando a prática”, explica Wellingthon dos Santos, técnico da equipe.
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