De sala de cinema com direito a lanchinho, produção audiovisual própria até coletiva de imprensa de esportes olímpicos, alunos da SESI Escola de São Gonçalo do Amarante se inspiraram nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Paris como tema da Mostra Artístico Cultural 2024. A programação teve início, na última quinta-feira (29), com alunos do Ensino Fundamental, e foi finalizada, na sexta-feira (30), com uma série de apresentações de estudantes do Ensino Médio sobre a temática.

 

 

O contexto histórico e cultural do surgimento dos Jogos Olímpicos, a participação feminina no esporte, além de homenagem a atletas icônicos na história do esporte brasileiro, como a medalhista olímpica Rebeca Andrade, fizeram parte do hall de apresentações desses dois dias. Os alunos tiveram aproximadamente um mês de preparação, que ocorreu de forma interdisciplinar envolvendo diversas matérias da grade curricular.

 

 

De acordo com o gerente da unidade da SESI Escola em São Gonçalo do Amarante, Anderson Vieira, a MAC faz parte da metodologia STEAM, que integra o ensino Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. O projeto dá, portanto, atenção além do ensino da tecnologia e integra as artes como parte fundamental para a formação acadêmica e social dos estudantes.

 

 

“A arte está inteiramente ligada à proposta da tecnologia também. Visando essa aproximação com a arte, nós propusemos este projeto. Todos os anos temos uma temática e neste ano, por ser bem atual, a temática são as Olimpíadas e Paralimpíadas, com isso movimentamos os alunos em torno dessa dinâmica”, detalha.

 

 

A professora de Sociologia e Mundo do Trabalho, Zânia Lobo, destaca que os principais ensinamentos do MAC são o trabalho em equipe e o fortalecimento do grupo. “Fazemos com que os alunos vivam esse momento aprendendo conceitos, história, geografia, física e química. Então, eles colocam em prática aqueles conhecimentos de sala em ideias que podem parecer simples para muitas pessoas, mas que para eles é muito importante”, ressalta.

 

 

Habilidades em comunicação para apresentar os trabalhos, como também em produção artística para desenvolver cada projeto fazem parte das habilidades desenvolvidas. No entanto, não são só os alunos que aprendem com a iniciativa, mas os professores também tiram aprendizados valiosos com o projeto, como aponta Zânia Lobo.

 

 

“Eu vejo que eles conseguem crescer enquanto cidadãos, enquanto seres dessa sociedade, e conseguem fazer isso muito bem, o que nos deixa com um forte sentimento de gratidão. Olhamos para os alunos e pensamos ‘se eles conseguem, nós também conseguimos’ e isso é muito gratificante”, completa.

 

 

Pais aprovam iniciativa

 

Na manhã da última sexta-feira (30), a escola abriu as portas para visitação externa dos projetos. Com isso, pais, amigos e ex-alunos puderam visitá-los nas apresentações, como fez Leandro Carvalho, pai da aluna Bianca Ferreira. Ele assistiu junto com a família a o projeto da filha, que retratou a participação feminina em esportes olímpicos. “É maravilhoso presenciar o trabalho dos nossos filhos dando resultado”, destacou

 

A mãe de Bianca, Maria Aparecida Ferreira, também recebeu com positividade o projeto e destacou a importância da iniciativa para o aprendizado dos alunos. “É muito gratificante ver os nossos filhos no caminho do bem, interessados e dedicados. Para nós, como pai e mãe, esse é o maior presente”, finalizou.

 

 

Alunos seguem tendências e destacam aprendizado

 

Para representar o clima olímpico com maior fidelidade, os alunos buscaram tendências online em suas apresentações. Na turma do 2º ano A, o aluno Gabriel Batista interpretou o comediante Defante, que participou da transmissão da Cazé TV. O apresentador fez sucesso nas redes ao entrevistar atletas em Paris, como Rebeca Andrade, da Ginástica Artística.

 

“Estávamos tentando nos basear ao máximo nas Olimpíadas de Paris em 2024, e percebemos que todo o material audiovisual estava muito direcionado a Globo e a Cazé TV, e quem estava representando lá a Cazé TV era o Defante. Então, tivemos a ideia de fazer o apresentador”, detalha. “Foi muito legal, porque conseguimos ter uma visão artística sobre várias coisas. Na nossa escola, nós sabemos que podemos desenvolver projetos de uma maneira mais artística, mais cultural e foi muito legal”, completa.

 

A estudante do 3º ano B comenta que o MAC 2024 foi marcante por ser seu último ano no ensino médio. “Para mim foi uma oportunidade muito única. Como é o meu último ano na escola, acredito que seja muito marcante falar das Olimpíadas, que esse ano me marcou de uma forma diferente, como o ouro da Rebeca Andrade, depois de uma trajetória bem difícil. Então eu acredito que seja um tema muito importante”, destaca.

 

 

 

Texto e fotos: Líria Paz