Um evento para quem gosta de ciência e tecnologia feitas por jovens criativos e inovadores. De sexta (27) a domingo (29), o Pavilhão da Bienal de São Paulo recebe o 4º Festival SESI de Robótica. Um dos mais importantes torneios de robótica educacional do país retorna ao formato presencial após dois anos, com a participação de mais de 1.200 estudantes de 9 a 18 anos de escolas públicas e privadas das 27 unidades da Federação.
Quatro equipes das SESI Escola RN, das unidades de Mossoró e de São Gonçalo do Amarante, representam o Rio Grande do Norte no Festival SESI de Robótica. A delegação potiguar embarcou nessa quinta-feira (26) para a capital paulista.
O SESI-RN terá duas equipes no FLL — os Soldados do Araripe, que ganharam o prêmio de Projeto de Inovação no torneio regional, e a Equipe Phoenix, que conquistou o 3º lugar na premiação geral, ambos da SESI Escola Mossoró. Nessa modalidade, os alunos apresentam projetos de inovação ligados ao tema da temporada. Em 2022, os estudantes foram instigados a pensar soluções e inovações para o sistema de logística e carga de mercadorias no tema Cargo Connect.
Da SESI Escola de SGA, competirão os Tech Cactos, no FTC, modalidade que desafia os jovens a construírem robôs que possam atravessar obstáculos para levar uma variedade de cargas de depósitos a centros de transporte de maneira autônoma e teleguiada. Já no F1 in Schools, em que os alunos criam escuderias para competir em uma pista de corrida em miniatura, os Carcará Lux vão representar a escola.
O evento, aberto ao público e com entrada gratuita, combina competição com oficinas e uma mostra de ciência e tecnologia, em que os alunos exibem seus robôs, réplicas em miniatura de carros de Fórmula 1 e invenções que solucionam problemas da vida real – e são resultado de meses de trabalho em equipe. Os competidores dividem-se em três modalidades:
– FIRST LEGO League Challenge (FLL): alunos de 9 a 16 anos formam equipes de 2 a 10 integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em rounds de 2 minutos e meio. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada, que, neste ano, é Logística e Transporte.
De FLL, são 100 equipes formadas por 635 estudantes (298 meninos e 337 meninas). Ao todo, os robôs disputam mais de 200 rounds.
– FIRST Tech Challenge (FTC): nessa modalidade, competem estudantes do ensino médio, que constroem robôs maiores, de até 19kg, partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma variedade de níveis de programação baseada em CAD, Java e Blocks. Os competidores desenvolvem um caderno de engenharia para detalhar o funcionamento dos robôs, que devem cumprir atividades, como carregar blocos, em uma arena.
Serão 45 equipes, com 424 alunos (249 meninos e 175 meninas), que disputam cerca de 70 partidas de arena.
– F1 in Schools: o projeto educacional da Fórmula 1 instiga os estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento.
Participam desta edição 41 equipes, com 233 integrantes (111 meninos e 122 meninas), cujos carros vão largar em mais de 50 corridas.
Robótica engaja e impacta desempenho em matemática e ciências
Com base na metodologia STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes/Design e Matemática), a robótica é uma forma lúdica e prática de aprender disciplinas com grande rejeição e baixo desempenho dos estudantes. Para a maioria, é também o primeiro contato com programação, mecânica e design – competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho e que o estudante tem que desenvolver para montar e manipular o robô.
Na última edição do Programme for International Student Assessment (PISA) – mais importante ranking mundial de educação –, o Brasil manteve-se estagnado em leitura e caiu em matemática e ciências. O desempenho médio dos estudantes brasileiros encontra-se significativamente abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em ciência (404 pontos, em comparação com uma média de 489 pontos), leitura (413 pontos, contra 487 pontos, em média) e matemática (384 pontos, contra uma pontuação média de 489).
São muitos os benefícios relatados por alunos, pais e docentes com a prática da robótica em sala de aula. Para mensurar o impacto no desempenho escolar, o SESI conduziu um estudo inédito, que comparou as notas em Matemática, Linguagens e Ciências Humanas e Sociais de competidores dos torneios SESI de Robótica da FLL de 2018 e 2019 – edições City Shaper e Into Orbit – com o de alunos que se inscreveram nas competições, mas não participaram.
A amostra é de cerca de 2.500 estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de 24 estados, sendo 54% do sexo masculino e 46% do sexo feminino. Em Matemática, os competidores tiveram notas 5 pontos maiores do que aqueles que não competiram (83 versus 78), o que representa um ganho de 6,4% na nota.
O impacto positivo se estende às outras áreas. Em Ciências Humanas e Sociais, os alunos que participaram do torneio tiraram 84,4, enquanto os não competidores, 80,4, ou seja, melhora de 5%. E, em Linguagens, as notas são 85,6 e 81,9 respectivamente – ganho de 4,5%.
SERVIÇO
Festival SESI de Robótica
27 a 29 de maio
Pavilhão da Bienal de São Paulo
Entrada gratuita
Programação e inscrições para as oficinas no site Festival SESI de Robótica 2022
Oficinas
Sábado (28)
9h às 11h – Criando Carros do futuro
11h30 às 13h30 – Construindo formas de voar: Aviões de papel
14h às 16h – Produzindo Robôs Solares
Domingo (29)
9h às 11h – Produzindo Robôs Solares
11h30 às 13h30 – Construindo formas de voar: Aviões de papel
14h às 16h – Montando Drones para transportar memórias
Um festival de grandes números:
– Mais de 1.200 competidores;
– 520 profissionais trabalhando na organização;
– 22.875,00 m² de área ocupada;
– 2 pistas de competição de F1 in Schools com 500m² e uma pista de treino com 200m²;
– 2 arenas de competição de FTC e 1 de treino em 900m²;
– Arena de competição de FLL com 16 mesas e 800m²;
– Arena de treino de FLL com 16 mesas e 700m²;
– 60 toneladas de equipamentos;
– Sustentabilidade: gestão de resíduos com recolhimento de lixo ecológico e redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa;
– Capacidade máxima de visitantes: 7.500 por dia.
Com informações da Agência de Notícias da Indústria
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