O SESI-RN, por meio de sua unidade de Saúde e Segurança na Indústria (SSI), realizou na última semana uma ação de aplicação da Avaliação em Saúde e Segurança do Trabalhador da Indústria (ASSTI) na Vicunha. A ação, que envolve a aplicação de questionários voluntários e anônimos, visa identificar os índices em saúde e segurança dos trabalhadores e orientar as empresas na criação de estratégias de gestão de saúde ocupacional.

 

O Sistema ASSTI é aplicado em seis etapas, são elas: planejamento, coleta de dados, análise e priorização, elaboração de plano de intervenção, execução e acompanhamento, reavaliação. No questionário, os trabalhadores respondem perguntas relacionadas a fatores comportamentais, psicossociais, morbidade, percepção de saúde e autocuidado, fatores de redução da produtividade e cultura da segurança.

 

A pesquisa é voluntária e anônima, com o objetivo de coletar dados para análise e elaboração de um relatório personalizado, com informações individualizadas sobre o estilo de vida, condições de saúde, autocuidado, saúde mental e social. No questionário constam perguntas sobre estilo de vida, Saúde e Segurança no Trabalho, nível de estresse, entre outros aspectos.

 

De acordo com a enfermeira do trabalho e interlocutora do ASSTI no Rio Grande do Norte, Érica Zurana, a avaliação tem como objetivo tanto melhorar a gestão de saúde ocupacional quanto proporcionar ao trabalhador uma percepção mais clara de sua saúde. “Ajuda bastante setores como o RH a acompanhar os trabalhadores em seus setores de atuação”, afirmou.

 

A avaliação começou a ser aplicada no RN no ano passado e, até o momento, cerca de 10 empresas passaram pelo ASSTI. A interlocutora destaca ainda que essa é uma oportunidade para que as empresas passem a conhecer os serviços oferecidos pelo SESI-RN dentro do plano de ação elaborado pela instituição, como massoterapia, psicologia, entre outros.

 

A gerente executiva de Saúde e Segurança na Indústria (SSI), Alice Carvalho, destacou as ações adotadas para engajar os trabalhadores. “Estamos com a realização de massoterapia e música na empresa com o objetivo de chamar a atenção dos trabalhadores para participarem”, detalha.

 

A coordenadora de Saúde e Qualidade de Vida das unidades Vicunha Brasil, Juliana Melgaço, detalha que a empresa lançou em 2019 o programa de saúde e segurança PRA SER, que desenvolve práticas preventivas de cuidado com seus empregados. “Anualmente o programa tem evoluído com foco na promoção de saúde e qualidade de vida”, disse.

 

Para Melgaço, o ASSTI fornecerá uma visão ampliada das necessidades de saúde e segurança dos colaboradores, além de identificar riscos e promover estratégias mais eficazes no futuro. “Essa parceria com o SESI reforça nosso compromisso com o cuidado e a saúde dos nossos funcionários”, destacou.

 

A coordenadora destaca ainda que o diagnóstico é essencial para que a Vicunha possa progredir com “estratégias e intervenções assertivas nos próximos anos, assegurando a evolução de uma cultura organizacional baseada em princípios, em que o cuidado com as pessoas é um pilar estratégico”.

 

 

Uma das colaboradoras que respondeu o questionário foi Edna Bezerra, operadora de produção. Ela trabalha na Vicunha há 19 anos e fala da importância do cuidado com a saúde dos colaboradores. “Eu gostei bastante e acho de extrema importância a empresa, junto com o SESI-RN, ter promovido essa ação aqui. É uma empresa que sempre se preocupa com a saúde dos funcionários”, disse.

 

Sobre o ASSTI

 

A partir das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), acerca da implantação de sistemas de vigilância de fatores de risco para DCNT, o SESI, desde 2010, desenvolveu o Sistema de Avaliação em Estilo de Vida e Produtividade – SAEVP e passou a monitorar a saúde de trabalhadores em empresas atendidas com serviços de promoção da saúde.

 

Em 2018, com o intuito de ofertar um sistema avaliativo focado em um modelo de atenção à saúde integral, o SESI transformou o SAEVP no ASSTI e incorporou outras dimensões como a segurança no trabalho, e gerou novos índices como o de Produtividade – IPRO e o de Cultura de Segurança – ICS.

 

Texto e fotos: Líria Paz