Torneio SESI de Robótica reúne estudantes e incentiva criação de soluções para valorização das artes

15/12/2023   16h58

 

O Serviço Social da Indústria (SESI-RN) realiza, nesta sexta-feira (15), a etapa regional da temporada 2023-2024 do Torneio de Robótica. Este é o ponto de partida para que estudantes de escolas públicas, particulares e da rede SESI de todo o Brasil demonstrem os trabalhos e possam se classificar para participar da etapa nacional do torneio. Na abertura do evento, na manhã desta sexta (15), na SESI Escola São Gonçalo do Amarante (SGA), o superintendente regional do SESI-RN, Juliano Martins, agradeceu a toda equipe de educadores e destacou a importância do torneio para os jovens.

 

“Esta competição desperta vários sentimentos novos. Eu tenho certeza que será um dia que guardarão na memória de cada um de vocês, aproveitem cada segundo desse dia de inovação, criatividade e arte. Agradeço aos juízes que vieram aqui também prestigiar o nosso evento, vocês são presença importantíssima para a realização do nosso evento. Agradeço também aos educadores e aos pais que estão aqui e que depositam sua confiança na SESI Escola”, ressaltou o superintendente.

 

 

O grande tema desta temporada do Torneio SESI de Robótica é MasterPiece e o direcionamento exige dos estudantes não só conhecimentos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (o chamado STEM) como também muita criatividade para explorar o mundo das artes.

 

Para a gerente executiva de Educação do SESI-RN, Karenine Medina, esta é uma experiência que não tem preço. “O torneio proporciona aos estudantes a liberdade criativa direcionada para a ciência, a tecnologia, a inovação. E tudo isso dentro do tema da temporada, que desta vez está voltada para soluções no campo das artes. Os alunos surpreendem pela capacidade de criar soluções e trabalhar no projeto”, diz a gerente.

 

 

Anderson Marques da Equipe Ultrasonics, da cidade de Patos/PB, é um exemplo de projeto nesse tema, o projeto ‘Ultrart’. “É um projeto que visa divulgar a arte em nossa cidade. Os museus não são conhecidos na nossa cidade. Muitas pessoas do bairro onde fica o museu não conhecem. Então, através da tecnologia, com uso do aplicativo, é possível divulgar essa arte com realidade aumentada. E a gente traz a arte para tecnologia, envolvendo alunos de escola pública”, diz.

 

O aluno conta que o projeto pretende envolver toda a cidade de Patos. “Inclusive todos os alunos da nossa escola instalaram o aplicativo, já utilizaram, aprovaram. Isso torna bem mais fácil para o público acessar, porque hoje todo mundo, a maioria, tem um celular, consegue instalar um aplicativo, o que torna bem mais prático do que ir pessoalmente a um museu. Às vezes há até dificuldade, principalmente para estudantes das escolas públicas, de ir até esse museu. Então, através de um aplicativo, é possível eles chegarem ao museu de forma virtual”, detalha o aluno Anderson Marques.

 

Antes do evento, estudantes formam equipes de dois a dez integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em dois minutos e meio, em três rounds. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada.

 

 

 

O diretor da SESI Escola SGA e coordenador do torneio do Rio Grande do Norte, Anderson Vieira, chamou a atenção para as missões, cheias de cores e elementos, que são acionadas por alguma tecnologia que potencializa a experiência do público com um tipo de arte.

 

“Esse é um torneio que desperta as potencialidades dos alunos. Eles precisam construir um robô pronto para acionar e transformar essa experiência em realidade. São tarefes complexas com várias funções, que exigem estratégias, planejamento e espírito de equipe para que o robô tenha funcionalidade eficiente”, enfatizou.

 

 

O Torneio acontece numa parceria com a organização internacional sem fins lucrativos FIRST e a Fórmula 1, e o SESI, que realiza no Brasil as competições para estudantes de 9 a 19 anos. Eles projetam e constroem robôs de pequeno e grande portes e réplicas em miniaturas de carros de corrida.

 

Alunos da Casa do Menor Trabalhador também participam do Torneio de Robótica. De acordo com Shirlene Aguiar, a participação mostra as crianças um mundo diferente. “Somos de uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos e recebemos a ajuda das Crianças Esperança, que nos possibilitou está aqui. Possibilitou para várias crianças o acesso a esse novo mundo, esse novo universo. Nós temos em nossa ONG cerca de 240 crianças. E são crianças entre 9 e 10 anos que fazem parte desse projeto do aprendizado com robótica”, diz Shirlene Aguiar.

 

Projetos unem tecnologia, arte e criatividade
Confira um resumo dos principais projetos e equipes da SESI Escola RN no Torneio de Robótica FLL – Temporada MasterPiece

 

EQUIPE BATLEGO – São Gonçalo do Amarante
O projeto trata de um jogo de tabuleiro que estimula a prática de desenho de forma gamificada e tem por objetivo acabar com o problema da desmotivação de jovens em desenhar, devido à falta de criatividade.

 

EQUIPE JOVENS PUNARES – São Gonçalo do Amarante
O projeto trata de uma auxiliar apresentativa que utiliza inteligência artificial para ajudar os artistas na oralidade e na arte.

 

EQUIPE SESI GUARANI – São Gonçalo do Amarante
Desenvolveram um equipamento transforma sons em vibrações ou sinais, informando se a nota musical está correta.

 

EQUIPE TECHNO SERTÃO – São Gonçalo do Amarante
Projeto de inovação tem como objetivo ajudar os deficientes visuais que não conseguem apreciar obras de artes produzindo um ‘óculos com inteligência artificial’ que identifica e descreve quadro e esculturas artísticas.

 

EQUIPE TECNO NINJAS – Macau
Utilização de uma tabela periódica construída com material reciclado adaptada para deficientes visuais em escolas públicas utilizando Braille.

 

EQUIPE ROBOSAL – Macau
O projeto trata de um ambiente virtual que utiliza steam (software) para potencializar a aprendizagem se jovens.

 

EQUIPE GALAXY FORCES – Mossoró
O projeto promove o engajamento de pessoas daltônica no ambiente educacional e vida arte.

 

EQUIPE SESI MONXOROS – Mossoró
O projeto usa uma bateria com sensores de toque e LED para fácil identificação de deficiente auditivos e chamativo para pessoas com deficiência mentais.

 

EQUIPE SESI SOLDADOS DO ARARIPE – Mossoró
O projeto é um teclado adaptado para deficientes visuais e auditivos com luzes coloridas e utilizando Braille.

 

EQUIPE MANDACARUS – Mossoró
Utilização de garrafas pet provenientes do Mossoró Cidade Junina para criação de salas acústicas para ensino de música.

 

Texto e fotos: Jô Lopes
Edição: Sara Vasconcelos
#SESI #ROBÓTICA #RN

 
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